Vinhos pontuados, como assim? A gente explica!

Pontuação dos vinhos

Desvendando mistérios por trás dos vinhos pontuados.

O mercado de vinhos cresceu exponencialmente nos últimos anos, o que é maravilhoso. Mas a grande variedade de rótulos disponíveis pode gerar dúvidas no consumidor na hora de escolher a bebida que combine com o seu paladar. Para auxiliar nessa prazerosa tarefa existem diversos sistemas de pontuações de vinhos, criados por inúmeros críticos reconhecidos mundialmente, que funcionam como um guia para os enófilos.

As bebidas são avaliadas por profissionais que levam em consideração todo o processo de produção, além de, é claro, seus aspectos de degustação. Devido aos inúmeros sistemas, é preciso entender o gosto do avaliador para comparar com o seu antes de seguir as dicas.

Vamos aos críticos

Talvez o sistema mais conhecido seja o do crítico Robert Parker. Um advogado de formação que se interessava muito por vinho e lançou, em 1978, uma newsletter chamada Wine Advocate. A fama dele veio em 1982: ele apostou no sucesso dessa safra na região de Bordeaux, na França, quando todos os outros críticos desdenhavam dela. Após a safra ter sido considerada espetacular, Parker se tornou um dos críticos mais respeitados do mundo. De acordo com o seu sistema, os pontos vão de 50 (terrível) a 100 (extraordinário), podendo ser catalogados também por: abaixo da média, mediano, excelente e notável. Em 2012, Parker se aposentou, mas sua equipe continua avaliando vinhos pelo mundo todo.

 

A Wine Spectator é uma revista especializada em vinhos, fundada em 1976. O site é influente no setor e contém diversas resenhas de enólogos, além de vídeos de degustação e cursos online, disponibilizados aos seus assinantes.

 

Lançado por um casal americano, a Wine Enthusiast tem como objetivo tornar o mundo dos vinhos mais acessível aos iniciantes.

 

A revisa inglesa Decanter é publicada mensalmente em 90 países e possui credibilidade. Ela contém diferentes tipos de materiais sobre vinhos e enoturismo e é responsável por um dos maiores prêmios desse setor, o Decanter World Wine Awards.

 

Jancis Robinson é referências no mundo dos vinhos. Jornalista, obteve o título de Master of Wine em 1974. Escreve sobre vinhos do mundo no seu site e muitos dos seus livros já são traduzidos para o português.

 

Assinado por Patricio Tapia, o guia Descorchados aborda vinhos da Argentina, Chile, Uruguai e Brasil. Além das notas e análises, traz informações sobre uvas e degustações.

 

Esses são os principais avaliadores, mas existem muito mais críticos e publicações. Confira aqui alguns vinhos premiados.

 

Chan de Rosas Cuvée Especial 2018 

Da publicação Wine Spectator essa safra recebeu 92 pontos e os seguintes elogios: “vinho expressivo e complexo, com aromas de pêssego esmagado e notas de giz, vivas e harmoniosas. Gracioso e longo”. A sugestão de consumo é até 2024.

Château Reynon Sauvignon Blanc 2017

Vinho que conquistou 90-92 pontos no Robert Parker, além de ter várias safras anteriores premiadas. Não à toa o autor desse vinho, o falecido Denis Dubourdieu, era considerado o papa do vinho branco no mundo. A Domaine, localizada em Bordeaux, na França, coleciona vinhos impecáveis.

Monsaraz Reserva tinto 2017

Tinto alentejano premiado com 97 pontos pela publicação Decanter. Apresenta aromas de frutos pretos maduros, sugerindo amoras e ameixas, com notas de especiarias. Em boca possui grande complexidade aromática, mineralidade e persistência. Merecedor desta excelente nota.

Marquês de Borba Vinhas Velhas tinto 2017

Intenso, saboroso e redondo, esse vinho ganhou 91 pontos no Robert Parker e 92 da Wine Enthusiast. Português assinado pelo renomado João Portugal Ramos, fermenta em lagares de mármore com pisa a pé e estagia 12 meses em barricas de carvalho americano e francês, o que confere o excelente equilíbrio.

Cadus Tupungato Cabernet Sauvignon 2017 

Esse é um vinho bastante premiado. A safra 2017 tem: 94 pontos Guia Descorchados; 92 pontos do crítico Tim Atkin; 90 de James Suckling; e 90 na Wine Advocate. A safra 2018 levou 93 pontos de Tim Atkin. As uvas Cabernet Sauvignon se originam em um vinhedo muito especial chamado Gualtallary, na apelação Tupungato, em Mendoza, na Argentina. Entre seus diferenciais a altitude entre 1.300 e 1.400 metros, o que é excelente para a oscilação térmica entre o dia e a noite, fundamental para a qualidade das uvas e do vinho.

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