Conheça as principais características e os diferentes tamanhos das garrafas para vinhos.
Nos tempos em que o vinho surgiu, ele era armazenado em recipientes de couro, barro, cerâmica e até em tonéis de madeira. Foi no período da Revolução Industrial, no século XVII, que as garrafas começaram a ser produzidas em série.
O formato está relacionado diretamente com a tradição de cada região vitivinícola. Antigamente, nos países europeus, cada local tinha um formato específico de garrafa.
O volume possui diversas variações, desde a Piccolo de 187,5 ml, até a Nabucodonosor, de 15 litros. Porém, a mais comum é a de 750 ml, definida como “padrão” devido aos barris que transportavam 225 litros de vinho. Para facilitar os cálculos, dividiu-se esse valor em 300 (número de garrafas), totalizando, 750 ml em cada.
Veja alguns exemplos de tamanhos e seus nomes:
187,5ml = PICCOLO OU SPLIT
375 ml = MEIA GARRAFA
500 ml = JENNIE
750 ml = PADRÃO
1,5 litro = MAGNUM
3 litros = MAGNUM DUPLA
4,5 litros = JEROBOÃO
6 litros = IMPERIAL OU MATUSALÉM
9 litros = SALMANAZAR
12 litros = BALTAZAR
15 litros = NABUCODONOSOR
Qual a funcionalidade do formato e da cor de uma garrafa de vinho?
A coloração da garrafa tem papel fundamental na preservação do vinho, já que funciona como proteção à iluminação. Mesmo depois de engarrafado, o vinho continua se modificando e sofrendo diversas reações químicas. O contato com a luz pode acarretar alguma alteração em suas caraterísticas.
As garrafas transparentes, normalmente utilizadas para brancos e rosés, são ótimas para destacar a cor do vinho. Essa coloração não proporciona proteção, então são utilizadas em vinhos de consumo rápido. Já as garrafas de cor verde protegem de 30 a 60% a incidência da luz, e as de coloração âmbar protegem até 90%.
Sua estrutura, em geral, possui o gargalo na parte superior, que serve para sustentação no manuseio, e é onde está a rolha ou screw cap. O pescoço da garrafa é em forma de funil, e os ombros ficam entre eles, e serve como “barragem” para que os sedimentos não caiam na taça. O bojo é como se fosse o corpo e a base a parte inferior.
A garrafa “Bordalesa”, é proveniente da região de Bordeaux, na França. Seu formato possui ombros largos e bojo cilíndrico, estruturado para evitar que os resíduos sólidos, gerados no envelhecimento do vinho, caiam na taça, ficando acumulados no interior da garrafa.
A “Borgonhesa”, como o nome já diz, surgiu na região francesa de Borgonha, também na França, e possui os ombros um pouco mais discretos que a anterior. Sua base é mais funda e seu gargalo maior (do tamanho da rolha).
A garrafa “Champanhe”, possui vidro mais grosso para resistir à produção dos espumantes, pois são vinhos elaborados pelo Método Tradicional, no qual a segunda fermentação acontece na garrafa. Normalmente tem ombros baixos e sem muita marcação, mas pode variar de acordo com a vinícola.
“Renanas” ou “Flutê”, são nomes dados as garrafas utilizadas exclusivamente para vinhos brancos. Típicas da Alsácia, o formato lembra uma flauta, possui o bojo alongado, não tem ombros e sua estrutura é mais alta que o normal.
A garrafa “do Porto” é grossa, um pouco mais baixa e possui bojo e gargalo largos, sempre de vidro escuro. Esse modelo é proveniente de Portugal, região clássica de vinhos fortificados.