Champagne Deutz Vintage 2016

Olhando para as estações:

Na área conhecida como Marne, onde a Deutz possui quase todas as suas uvas, o seco inverno foi seguido de uma primavera úmida. Por volta do dia 15 de abril ocorreu a “explosão” dos brotos das uvas Chardonnay; no dia 19 desse mesmo mês da Pinot Noir; e no 22 foi a vez das Pinot Meunier.

 

As úmidas condições na tarde do dia 26 de abril, somadas as temperaturas negativas na manhã do dia 27, fizeram com que uma geada danificasse algumas partes da região, especialmente nas partes mais baixas da Cotê des Blancs.

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O começo de maio foi marcado por grandes tormentas. Nossas equipes tiveram que verificar a existência de focos de mofo todos os dias e tomar as medidas adequadas.

O mês de junho manteve as características do mês anterior e durante esses 60 dias o nível das chuvas foi entre duas e três vezes maior que o usual.

Dentro desse cenário o crescimento das vinhas atrasou 10 dias. O auge da floração foi registrado, dependendo da área, entre 21 e 24 de junho. O sol apareceu e as vinhas continuaram crescendo em ensolaradas condições meteorológicas, o que foi bastante benéfico tendo em vista o começo da temporada.

O verão finalmente chegou em agosto, as chuvas cessaram e as temperaturas se elevaram. O amadurecimento das uvas ocorreu com sucesso. O dia 20 de setembro era a data prevista para a colheita, levando em conta o ditado de que se deve realizar após cem dias da floração das vinhas. Porém, o Comitê de Champagne decidiu o dia 12 como data para a safra, particularmente para as Pinots Noir e Meunier que, misteriosamente e fora do costume, amadureceram antes das Chardonnays, tendo apenas uma média de 85 dias para alcançar a maturidade. Algo realmente muito raro de ocorrer!

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Na Deutz, as equipes de colheita eram lideradas por Patrick Boivin, diretor dos vinhedos, e seu assistente Cédric Georget, que começaram a colher em alguns vinhedos no dia 17 de setembro. Essa data posterior permitiu que as uvas amadurececem plenamente. Eles decidiram iniciar a colheita da Chardonnay das Côte des Blanc dez dias depois.

Primeiras impressões

Preocupações com o rendimento das vinhas foram esquecidas. Os cachos estavam ótimos! E com esse aumento na qualidade, na mesma proporção veio a quantidade.

O rendimento normalmente marcado em 9,700 Kg/ha, foi superado por 10,200 Kg/ha. Em termos de qualidade, as variações climáticas nos fizeram pensar o pior, mesmo assim a saúde das uvas colhidas foi fantástica.

Após a prensa das uvas, Michel Davesne, conhecido como Chef de Caves, e seu assistente, Oliver Bernard, ficaram animados com as leituras, com uma média de 10,2% vol. em termos de potencial de álcool e 7,7g/l de H2SO4 em termos de acidez. As leituras foram excepcionais para os terroirs nobres da Deutz, igualmente para a Pinot Noir como para a Chardonnay, também com excelentes níveis de acidez.

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Safras que terminam em “6”

Mas mesmo o resultado obtido sendo melhor que o esperado, e com todas as condições climáticas indicando uma excelente safra, Fabrice Rosset, CEO da Deutz, nos lembra que nessa safra, assim como nas anteriores, “apenas os vinhos irão decidir”, quando os vinhos tranquilos forem provados.

Essa degustação só deve acontecer em meados de março ou abril. Antes disso não podemos falar sobre “William Deutz 2016” ou “Amour de Deutz 2016”, apesar de conhecermos o potencial dos anos terminados com o número “6”. Estamos com as melhores das expectativas!

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