Le Rosé de Floridene

Nesse Dia das Mães, nossa dica de presente é um vinho elegante, delicado e persistente. O francês Le Rosé de Floridene, produzido por Denis Dubourdieu, feito na região de Graves, em Bordeaux, é um corte das uvas Cabernet Sauvignon (60%) e Merlot (40%). Visualmente é rosa pálido, possui elegantes aromas de frutas cítricas (como maracujá) e frutas vermelhas (como cassis e morango), além de notas tostadas e minerais. Em boca é seco, com acidez marcada e muito saboroso. Para harmonizar, sugere-se risoto de frutos do mar e queijo brie, terrines agridoces com peixes brancos ou macarrão com brócolis e azeite trufado. Com certeza é um vinho que irá agradar muito todas as mães!

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O produtor Dennis Dubourdieu é tido como o mestre que revolucionou os métodos de elaboração de vinhos brancos. Ele e sua esposa Florence são descendentes de famílias tradicionais da região de Bordeaux. Com a ajuda do seu filho Frabrice, engenheiro em enologia, eles produzem vinhos em aproximadamente 100 hectares. Atualmente a família faz vinhos nas regiões de Sauternes, Graves e Premières Cotes de Bordeaux. O vinhedo mais antigo é o Château Doisy-Daëne, adquirido em 1924. O Clos Floridene, em Pujols sur Ciron, na área de Graves, começou a ser ampliado progressivamente pelo casal a partir de 1982, através da compra sucessiva de diversas terras localizadas nos melhores solos da vinicultura.

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Marinada na cerveja

Você já deve ter ouvido falar que quando vai usar um vinho em uma receita deve escolher o mesmo rótulo que irá acompanhar o prato. Com as cervejas a regra é a mesma: escolha para temperar aquela que irá degustar.

Cervejas são frequentemente utilizadas para marinar carnes porque contêm uma enzima que ajuda a quebrar as fibras, deixando a peça mais macia, e a realçar o sabor. Marinar é um procedimento bastante antigo na história da gastronomia, pois na época em que não havia geladeira, por exemplo, era uma alternativa para conservar os alimentos.

Se for escolher uma cerveja para marinar carne vermelha ou branca, leve em consideração que ela não deve ser muito leve nem extremamente forte, pois o sabor da bebida não deve sumir nem atropelar os outros temperos. Por sinal, é importante avaliar quais serão os temperos, como manjericão, tomilho, orégano, entre outros, para que os sabores enriqueçam a receita.

A nossa dica é inspirada na chef de cozinha inglesa Nigella: pegue um saco plástico daqueles que fecham com zíper, coloque primeiro a carne, depois a marinada, feche e leve à geladeira pelo tempo necessário. É uma maneira prática, permite que todo o alimento fique em contato com o líquido e evita maiores sujeiras. Experimente em casa marinar coxa e sobrecoxa de frango com especiarias e Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrüb. Fica uma delícia!

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Vinho do Porto e a Caves Messias

Uma das mais belas regiões vinícolas do mundo dá origem ao peculiar vinho do Porto. No Douro, ao norte de Portugal, a paisagem é uma verdadeira obra-prima da natureza. Montanhas recortadas pelo rio que dá nome àquelas terras são marcadas pelo esforço do homem para que das pedras pudessem prosperar as vinhas.

O solo do Douro é composto basicamente de granito e xisto. Tradicionalmente os socalcos (aquelas escadarias da paisagem) eram construídos com terras puxadas do rio suportadas por muros de pedras, mas o custo para esse tipo de construção é proibitivo há tempos e deu lugar aos patamares, feitos por máquinas. As encostas muito acidentadas exigem que a colheita seja manual e a inclinação é perfeita para a drenagem e insolação necessárias.

Nessas situações, as uvas amadurecem perfeitamente e mantém altos teores de açúcares. A Tinta Nacional reina ao lado de Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinto Cão, Tinta Barroca, entre outras. Os produtores tentam retirar o máximo de tanino e cor das uvas em pouco tempo e por isso uma das cenas clássicas da região são os homens abraçados e descalços fazendo a “pisa a pé” nos lagares, pois se acredita que essa é a melhor maneira para a extração das substâncias que darão vida ao vinho do Porto. Hoje esse método está reservado a pequenas produções e na maioria das vinícolas a pisa é simulada por máquinas.

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Tradição e excelência são coexistentes nessa que foi a primeira região demarcada do mundo, em 1756, por Marquês de Pombal. Naquela época, para suprir a necessidade dos sedentos e briguentos ingleses, que viviam fazendo restrições aos produtos franceses, o vinho do Porto era uma alternativa bastante viável. Como a viagem até a Inglaterra era longa, colocava-se aguardente no vinho para mantê-lo consumível. O vinho do Porto ainda era seco, só no século XIX é que se começou a interromper a vinificação através da adição do álcool vínico para manter o açúcar residual da bebida, então ele passou a ser classificado como fortificado.

Por sinal, apesar de ser produzido com as uvas do Douro e ser envelhecido nas caves de Vila Nova de Gaia, o vinho do Porto leva esse nome por causa da cidade de onde é exportado. Ao lado dos vinhos Madeira e Jerez, os Portos estão entre os mais importantes vinhos fortificados do mundo.

Caves Messias

Quinta do Cachão.
Quinta do Cachão.

A Caves Messias foi fundada em 1926, por Messias Baptista, que manteve a administração da empresa até 1973, hoje assegurada pelos descendentes da família. A produção de vinho do Porto acontece em Ferradosa, onde está a Quinta do Cachão, local onde as videiras foram plantadas pela primeira vez em 1845 pelo Barão do Seixo, sendo mais tarde adquiridas pela família Afonso Cabral, que por sua vez a vendeu aos Messias, em 1956. Atualmente a área é de 200 hectares, sendo 130 hectares ocupados com vinha, para a produção de Vinho do Porto e do Vinho Douro Quinta do Cachão. As instalações onde acontece a fabricação, o armazenamento e o envelhecimento dos vinhos possuem mais de 5.000 metros quadrados. Conheça dois exemplares de vinho do Porto Messias, trazidos ao Brasil pelas importadoras Porto a Porto e Casa Flora. Confira a bela história da Caves Messias nesse vídeo.

Porto Messias Ruby

Foto Porto Messias Ruby_BX

 

Possui caráter jovem e frutado, é bastante aromático e em boca possui notas de frutas vermelhas. É rico e aveludado, excelente como aperitivo, além de acompanhar sobremesas à base de chocolate.

Porto Messias Tawny

Foto Porto Messias Tawny_BX

Possui cor alaranjada, aroma de frutas vermelhas em compota e, em boca, toques de baunilha. Também indicado como aperitivo ou para acompanhar sobremesas.

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A nova aposta da Marqués de Tomares

Da D.O. Ribera del Duero, na Espanha, vem o vinho MT Selección de la Familia, que acabou de chegar ao Brasil. Tinto de 90% Tempranillo e 10% Cabernet Sauvignon, que passa 14 meses em barricas 100% francesas, esse vinho é produzido pelo reconhecido produtor Marqués de Tomares. Uma ótima dica para acompanhar assados de cordeiro, carnes vermelhas grelhadas e queijos maturados. Além de possuir ótima complexidade aromática, apresenta bom corpo, ótima estrutura e taninos macios. É bem equilibrado e possui final persistente. A graduação alcoólica é de 14%.

A história da bodega familiar Marqués de Tomares começa em 1910, quando Don Román Montaña começou a se dedicar à elaboração e amadurecimento dos vinhos. Desde então, gerações de artesãos se formaram e atualmente a vinícola é comanda pelos netos do fundador. Localizada em Fuenmayor, na região de Rioja Alta, a Marqués de Tomares é resultado de muito esforço e dedicação. A sede da vinícola, construída em 1989, conta com a mais alta tecnologia para produzir exemplares que vão de encontro aos conceitos que permeiam os vinhos espanhóis atualmente.

 A Espanha, um dos países vinícolas mais antigos que se tem notícia, reinventou seu modo de fazer vinhos e atualmente apresenta uma produção diversificada e de alta qualidade, dos alegres e frutados aos complexos e longevos. Além da produção em Rioja, o produtor possui um projeto em Ribera del Duero, a D.O. mais importante da região de Castilla y León, para a produção de vinhos de Tempranillo. O produtor Marqués de Tomares é trazido ao Brasil pelas importadoras Porto a Porto e Casa Flora.

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Croque Madame

Ingredientes

20g de manteiga

20g de farinha de trigo

500ml de leite integral

2 gemas

2 fatias de pão de forma

50g de presunto ibérico Josep Llorens

50g de queijo Manchego Josep Llorens

1 ovo

 

Como fazer

Em uma panela, derreta a manteiga e adicione a farinha. Cozinhe em fogo baixo por 5 minutos. Deixe esfriar. Em seguida, adicione o leite integral e misture bem. Leve a panela novamente ao fogo e cozinhe até ferver. Retire do fogo e adicione as gemas. Misture bem. Reserve. Em uma frigideira antiaderente, coloque um fio de azeite e toste os pães dos dois lados. Monte um sanduíche com o presunto e o queijo. Leve ao forno pelo tempo necessário até derreter o queijo. Regue com o molho reservado e finalize com um ovo de gema mole por cima.

 

Harmonização

Alfredo Roca Malbec, um vinho tinto do produtor mais tradicional de San Rafael, uma sub-região de Mendoza, na Argentina.

Outras sugestões: vinho tinto italiano Val delle Rose Morellino di Scansano e o vinho tinto espanhol Finca los Alijares Graciano

 

 

*Receita do livro Petites Casseroles Da Cozinha Francesa – As melhores receitas da gastronomia mais charmosa do mundo, de Marcelo Giachini.

 

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Bacalhau com tinto ou branco, eis a questão…

Para acompanhar a receita de bacalhau para a Páscoa, nossa sugestão é o vinho branco Alvarinho Portal do Fidalgo, português do Vinho Verde, mais especificamente da sub-região de Monção e Melgaço, excelente para peixes. Possui aroma elegante, com notas de flores e frutos tropicais. No paladar é frutado, mineral e fresco, encorpado, com muita persistência e final longo.

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Alvarinho Portal do Fidalgo

 

Caso você prefira um tinto, recomendamos o Marquês de Borba, vinho português feito na região do Alentejo com as uvas Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira e Touriga Nacional. Possui intenso aroma de frutas em compota e no paladar apresenta taninos maduros e ótimo equilíbrio. E para quem achar estranho vinho tinto para acompanhar bacalhau, saiba que em Portugal é essa a preferência nacional!

Marques de Borba
Marquês de Borba tinto
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Quem quer bacalhau?

Os motivos de o bacalhau ser o prato da Semana Santa na verdade são mais comerciais que gastronômicos. No século XVI, o Vaticano, que era proprietário de uma grande frota bacalhoeira, viu seus armazéns lotados da iguaria porque o consumo declinava. Para movimentar as vendas, decidiu proibir o consumo de carne vermelha durante a Semana Santa e incentivar a comercialização do bacalhau.

Nem precisamos entrar no mérito de como a ideia deu certo e se perpetua até hoje. Além de delicioso, é um alimento saudável, rico em sais minerais, vitaminas e proteínas, além de ter baixíssimos teores de colesterol e gordura. A Porto a Porto traz ao Brasil o Gadus Morhua (da marca Bacalhau Dias) e o Gadus Macrocephalus (da marca Sea Foods).

O Gadus Morhua, em inglês Cod Fish, também é chamado “Bacalhau verdadeiro”. Ele habita as águas frias do Atlântico, como Canadá e Mar da Noruega, mas também é pescado na Islândia e na Rússia. Suas postas são altas e claras e se desfazem em camadas tenras depois de cozidas, ideal para receitas em postas, lombo ou pedaços. O Morhua é o preferido pelos portugueses, pode variar entre 1 e 2 metros de comprimento e atingir peso máximo de 96 quilos.

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Bacalhau Dias

O Gadus Macrocephalus, também chamado “Bacalhau do Pacífico”, habita o Pacífico Norte, na região do Alasca. Sua carne pode ser facilmente desfiada, então além de ser servido em postas, é ideal para a utilização em receitas de torta, ensopados ou até mesmo bolinhos. O Macrocephalus é muito semelhante na aparência ao Morhua, com quem é frequentemente confundido, mas possui uma espécie de bordado branco nas extremidades que o diferencia dos demais.

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Dica: Molly’s Irish Cream

O Molly’s Irish Cream é uma mistura do que os irlandeses sabem fazer de melhor: whisky e creme de leite fresco. Some-se a isso, chocolate natural. A mistura é uma tradição no país, mas só depois dos anos 1970 é que a tecnologia permitiu que o resto do mundo conhecesse a bebida que hoje é exportada para mais de 40 países.

Produzido próximo a Dublin, a capital da Irlanda, o Molly’s Irish Cream mistura o whisky irlandês, reconhecido pela pureza e pelos rigorosos padrões de produção, e o creme de leite fresco que fica pronto em menos de 48 hores depois que é produzido.

Como a maioria dos licores, o Molly’s Irish Cream é leve, excelente para drinks e vai muito bem com café. Mas como ele é feito de creme de leite fresco, não se aconselha misturar com limão. O nome Molly é a versão galega para Mary. O licor foi assim chamado em homenagem à beleza mística de uma mulher chamada Molly, que é também inspiração para diversas canções irlandesas tradicionais. O Molly’s Irish Cream possui graduação alcoólica de 17%.

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